Uma das principais circunstâncias que levam ao sucesso, tanto pessoal quanto de toda uma corporação, é a motivação. É indiscutível o fato de que pessoas motivadas produzem mais e melhor.
Mas como se manter motivado diante de tantos problemas e desafios? Essa questão não é fácil de responder. A motivação é elemento interior e subjetivo, presente dentro de qualquer ser humano. Ela é um motor que leva as pessoas a fazerem alguma coisa. Por isso, muitos usam o trocadilho “motivo para ação” para definir motivação.
Uma confusão muito comum é pensar que entusiasmo é o mesmo que motivação. Na verdade, a motivação existe em qualquer atitude de uma pessoa. Ela pode ser motivada a fazer algo, mesmo contra sua vontade, bastando que haja um motivo para fazê-lo. Um exemplo comum nos dias atuais é o caso do trabalhador desmotivado, que continua trabalhando porque necessita do salário para pagar as contas no final do mês. Neste caso, o salário é que o motiva.
O entusiasmo, por sua vez, depende de uma “inflamação emocional”, ou seja, de uma somatória de sentimentos positivos como alegria, prazer e satisfação contagiantes que geram boas expectativas. Este estado é passageiro, mas pode ser estimulado, controlado ou manipulado.
A motivação também pode ser estimulada, controlada ou manipulada. Algumas medidas como um prêmio de produtividade, a concessão de recompensas, melhores condições de trabalho e expectativas de promoção são exemplos de situações que podem interferir muito na motivação para o trabalho. Por outro lado, o nível de entusiasmo oscila bastante e para entusiasmar uma equipe, o líder tem que conquistar a confiança e credibilidade das pessoas ao ponto de fazê-las se sentirem importantes e fundamentais para o grupo. Neste caso, o líder deve exercer uma exaustiva tarefa de injetar, diariamente, doses de entusiasmo na equipe, o que é um desafio.
É muito comum as empresas investirem nas chamadas “palestras motivacionais” que, na verdade, são para entusiasmar a equipe de colaboradores, já que todos já são motivados, independente da circunstância motivadora, a fazerem parte da empresa. A dinâmica e a quebra da rotina dessas palestras, normalmente trazem bons resultados, mas, como o entusiasmo é um estado passageiro, é muito comum as empresas investirem regularmente nesses eventos. Os grandes vilões da perda de entusiasmo são a rotina, o estresse, a correria, a ansiedade, as metas intangíveis, dentre outros.
Nesse sentido, se substituirmos o termo motivação pelo termo entusiasmo, estaremos desmistificando uma situação que pode tornar mais claro para muitos gestores de onde pode estar vindo o problema na empresa. Assim, os gestores, por sua vez, terão condições de direcionar os esforços e investimentos de forma correta para manter um bom clima organizacional dentro da empresa, tendo em vista que é natural a um indivíduo ou equipe reforçar sua motivação quando se sentir entusiasmado.
Por Allan Carlos Marques
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